Isaltino e os sete Comilões

 

Na Câmara de Oeiras, presidida por Isaltino de Morais, o Rei do Betão e das Baratas e Duque dos Cisnes, as vereadoras, os assessores, os adjuntos, todos gostam de comer bem e caro. Todos fazem um ponto de honra: sempre em serviço. Por vezes almoçando mais do que uma vez no mesmo dia para não parar de trabalhar e aumentar a produtividade.

 

Naturalmente em restaurantes muito caros para melhor representar a Câmara, para orgulho dos munícipes que pagam com gosto estas comezainas, sabendo que embora só entrem no estômago de meia dúzia são para o bem de muitos.

 

O Rei do Betão e das Baratas e Duque dos Cisnes é um gestor consciencioso. Sabe que o dinheiro que gasta em refeições não é dele. É do Município e dos contribuintes. Por isso não gasta à toa. Ele explica, apenas um total de “136.763€ de um fundo de maneio 169.230€”. Isto é apenas 80% do total. Um fundo de maneio aprovado pela maioria dos vereadores da Câmara em que Isaltino tem maioria absoluta. Que legal (no sentido brasileiro do termo). Apenas 80%! E o ano ainda não acabou. Contas certas.

 

Note-se que o fundo de maneio foi criado para o Presidente pagar despesas urgentes. E o que haverá mais urgente do que o almoço? O almoço diário de trabalho urgente. Nem mesmo o jantar. Assim está tudo legal (no sentido brasileiro do termo).

 

Isaltino sabe que o dinheiro que gasta em refeições não é dele. É do Município e dos contribuintes. Por isso não gasta à toa. Prefere obviamente os restaurantes prestigiados como o JNcQUOI (um dos mais caros do país) ou os Arcos (onde também se paga bem).

 

O trabalho, no mundo moderno, não é uma atividade solitária. Hoje é um trabalho de equipa. Almoços de trabalho têm de ser almoços de equipa. Por isso estes almoços incluem sempre outros/as vereadores/as e os adjuntos/as. Os sete comilões. Obviamente assim são mais eficazes.

 

Esta conjugação de restaurantes caros e vários convivas (quase sempre os mesmos) fazem subir a fatura de almoços a mais de 130.000€. Nada de mais pelo que tanto se trabalhou.

 

Assim Isaltino Morais em conjunto com Joana Baptista, com Miguel Faria (chefe de gabinete), Francisco Gonçalves (Vice-Presidente da Câmara), Irina Lopes (adjunta de Isaltino), e mais 3 outros, sempre em trabalho e representação da Câmara consumiram mais de 1.300 refeições – mais do que todos os dias úteis de 6 anos completos, incluindo as férias. Tudo isto em menos de 7 anos. Isto é que é trabalhar. O desenvolvimento de Oeiras está garantido.

 

Num Município, como o de Oeiras, em que dezenas de milhares de pessoas frequentam a sopa dos pobres ou recebem apoio alimentar das instituições de solidariedade social, estes gastos sumptuosos são um insulto a todos nós.

 

Isaltino está a mais. Já não faz parte da solução para Oeiras. Faz parte do problema. Está na hora da demissão.

Bem-vindo a Algés/Oeiras Papa Francisco

Bem-vindo a Algés/Oeiras Papa Francisco

 

Miraflores e Algés recebem hoje o Papa Francisco que nos vem visitar. É uma enorme honra para a freguesia e, sem poder falar em nome de ninguém, atrevo-me a dizer uma enorme honra para todos nós.

 

Não sendo católico, sou agnóstico, não deixo de admirar o Papa Francisco pela coerência do seu percurso pessoal, desde as suas origens humildes na Argentina, filho de um imigrante operário ferroviário, até às suas notáveis encíclicas.

 

O Papa que caracteriza o sistema económico atua como a “economia que mata” e nos encoraja a muda-lo completamente nesse documento notável que é a exortação apostólica «Evangelli Gaudium» até à extraordinária encíclica Laudato Si. Não é preciso ser católico para concordar com muitas das suas ideias e teses.

 

O Papa que, com coragem e determinação tem vindo a denunciar a pedofilia sacerdotal e a extirpa-la da Igreja, com uma política de verdade, transparência e pedido de perdão.

 

Um Papa ecologista que ficaria siderado e triste se conhecesse a história da ganância, a tal da “economia que mata” que aprisionou a ribeira de Algés, provoca inundações e mortes por afogamento. A economia que promove a construção do Parque dos Cisnes mesmo perto da avenida onde vai passar e que nos convoca a agir como o mote “levantou-se e saiu apressadamente”

 

Depois da terrível e deselegante ofensa da Câmara liderada por Isaltino Morais ao contrariar a mensagem transparência do Papa ao retirar os cartazes sobre a pedofilia sacerdotal, cumpre-nos a nós cidadãos de Oeiras dar as Boas-Vindas ao Papa Francisco e apresentar um pedido de desculpas.

 

Seja muito bem-vindo Papa Francisco.

 

Isaltino o Rei das Baratas e Príncipe dos Cisnes

 Oeiras está inundada de baratas. Abundam nos restaurantes, pululam nas lojas, emergem nos ginásios, atacam as habitações. Não há local a salvo. Uma horda imensa de baratas que invadiu Oeiras e que traz consigo todas as doenças medievais que julgamos extintas que nos ameaçam de novo como a lepra e o tifo.

 

Oeiras é, hoje, a capital das baratas e Isaltino o seu Rei e senhor. Incapaz de as combater eficazmente muda de campo e abre caminho a que se alastrem a todas as casas, a todos os espaços comerciais, a todos os escritórios, a todos os hotéis, restaurantes, escolas, infantários do nosso concelho. Nada nem ninguém está a salvo.

 

Os comerciantes desesperam, os clientes afastam-se horrorizados, os moradores desanimam, as crianças têm medo, os que vem de fora para trabalhar pedem transferência, todos são afetados por esta ofensiva das baratas. Oeiras transformou-se em local inóspito e perigoso.

 

Habitantes das lixeiras, saindo pelos esgotos, as baratas trazem consigo os vírus e as bactérias que transmitem doenças, que envenenam as nossas despensas, que estragam os nossos bens.

 

Perante esta invasão Isantino nada faz e assiste impávido e sereno à vitória das suas tropas.

 

Oeiras ganha fama e proveito de Reino das Baratas. Um Reino em que a cabeça coroada é a de Isaltino.

 

Mas não só das baratas Isaltino é senhor. Também ganhou meritoriamente o título de Príncipe dos Cisnes. Pelo seu imobilismo perante uma obra de duvidosa legalidade que se ergue em Miraflores. Uma obra que vem impermeabilizar a margem da Ribeira de Algés, cortar a ligação da localidade à mata circundante, aumentar a confusão do trânsito na Rotunda do Joaquim Chaves, aumentar a densidade populacional de um dos bairros mais acolhedores do concelho para níveis incomportáveis e com tudo isto, desvalorizar a propriedade construída.

 

Acumular todos estes títulos é obra. Parabéns.

“Faça você” – Presidente Junta de Isaltino demite-se da sua função

        “Faça você” – Presidente Junta de Isaltino demite-se da sua função

 

As hostes de Isaltino estão a desagregar-se. Face às críticas não conseguem defender as suas posições e atiram a toalha ao chão sem contudo de forma consequente se afastarem dos cargos. Apenas se demitem de representar os cidadãos que representam.

 

Na última reunião da Assembleia da gigantesca e inoperante Freguesia de Algés, Linda-a-Velha, Cruz-Quebrada e Dafundo, um cidadão preocupado com a construção do Parque dos Cisnes em Miraflores e alarmado com as notícias surgidas em jornais muito credíveis como o Expresso que dão conta de legalidades e de grosseiros incumprimentos dos projetos aprovados propôs sensatamente parar a obra até que as entidades competentes concluam as suas investigações. Para isso a Junta de Freguesia era solicitada a avançar com providência cautelar que pare a obra. Uma proposta razoável e de total bom senso.

 

Perante esta proposta equilibrada o Presidente da Junta informou que o Ministério Público recebeu queixas e que, consequentemente, estará a investigar. Quanto a promover em nome dos habitantes que representa uma providência cautelar para parar as obras a sua resposta foi simples “faça você”.

 

Depois de reconhecer a possibilidade de incumprimentos, depois de reconhecer a investigação do Ministério Público o autarca da lista de Isaltino demite-se da sua função e exorta o cidadão a fazer o que deveria ser ele a fazer. Inacreditável.

 

Uma obra que agrava o problema das cheias, uma obra em que se adensam suspeitas de incumprimento, uma obra que muitos moradores rejeitam, uma obra que vem desvalorizar a propriedade na zona, uma obra que vem aumentar a densidade populacional do bairro de forma perigosa, uma obra que vai agravar o problema do transito na rotunda principal de Miraflores e ruas a ela afluentes, é uma obra que não serve e deve ser parada. A Junta tem a obrigação de tomar as medidas adequadas, nomeadamente avançar com providência cautelar. É o mínimo.

Moradores contra Parque dos Cisnes, Isaltino assobia para o lado

    (Maqueta do Parque dos Cisnes, uma gigantesca construção que se pretende erguer em Miraflores)

   

O gigantesco empreendimento do Parque dos Cisnes, em lenta construção ao lado do Parque Urbano de Miraflores, vem aumentar a densidade populacional de Miraflores para lá do tolerável, impermeabilizar os solos junto ao leito da ribeira de Algés aumentando o risco de cheias em Algés, aumentar o tráfego rodoviário já no limite na rotunda de Miraflores, reduzir o espaço verde piorando a qualidade do ar.

 

Para além deste impacto nocivo na qualidade de vida dos habitantes de Miraflores, tem um, consequente, efeito de desvalorização dos imóveis já construídos e habitados. O investimento imobiliário feito perde valor e os proprietários ficam prejudicados financeiramente.

 

Para agravar a situação o empreendimento do Parque dos Cisnes, segundo várias entidades, incluindo a Associação de Moradores, não cumpre regras básicas da construção e tem, inclusivamente, uma área de construção maior do que a autorizada.

 

Perante a indignação dos moradores, perante o incumprimento das regras de construção, perante o desrespeito da autorização da Câmara, perante as queixas contra o empreendimento feitas ao Ministério Público (ver aqui), Isaltino assobia para o lado, não embarga a obra, não pede explicações aos promotores, não pretende indemnizar os atuais moradores por obra que os prejudica.

 

É esta a atuação de um autarca modelo? É este o tipo de autarca que precisamos no nosso concelho? É tempo de mudar. O tempo de Isaltino terminou há muito.