O Selvagem Barão do Betão

Não à alteração da lei pretendida por Isaltino. Os solos rústicos devem permanecer não urbanizáveis. Oeiras não aguenta mais betão.

 

A selva de betão é a forma mais acabada e insustentável de separar o ser humano da natureza e de o enclausurar num espaço artificial, claustrofóbico, limitado, vedando-lhe o acesso ao mundo vegetal e animal, ao mundo real.

 

Oeiras tornou-se paulatinamente, por ação de Isaltino de Morais, numa verdadeira selva de betão, um local onde é possível, nascer, viver e morrer sem nunca contactar com a Natureza, onde é possível estar imerso numa gigantesca bolha, na maior alienação a que um ser humano pode estar sujeito: a de estar cortado da Natureza, do planeta Terra.

 

As terras outrora férteis de Oeiras são hoje asfalto e construção, as ribeiras de águas límpidas, que ciclicamente irrompem causando inundações, estão em grande parte canalizadas, escondidas, enterradas sob as habitações, os animais livres desapareceram com exceção dos que povoam os esgotos e saem à noite para as nossa estradas. Até os espaços verdes são artificiais, com plantas compradas e espaços desenhados.

 

A qualidade de vida degrada-se, o ar é irrespirável, as filas de trânsito consomem o tempo das pessoas, há oeirenses que nunca viram o mar. As pessoas fogem do concelho. A população já está a diminuir ao contrário do que acontece nos concelhos vizinhos.

 

Mas Isaltino não está contente. Ainda descobre algumas nesgas verdes. Quer acabar com elas com a ferocidade do selvagem do betão. No final de Janeiro último Isaltino dirigiu-se a António Costa exigindo a alteração da lei dos solos que o impede de completar a betonização do pouco que resta de Oeiras. Seria uma tragédia. A machadada final.

 

Este caminho é suicidário. É preciso afastar Isaltino, o selvagem barão do betão, e empreender um desenvolvimento verde, sustentado e inclusivo do nosso município.