sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Isaltino e os sete Comilões

 


Na Câmara de Oeiras, presidida por Isaltino de Morais, o Rei do Betão e das Baratas e Duque dos Cisnes, as vereadoras, os assessores, os adjuntos, todos gostam de comer bem e caro. Todos fazem um ponto de honra: sempre em serviço. Por vezes almoçando mais do que uma vez no mesmo dia para não parar de trabalhar e aumentar a produtividade.

 

Naturalmente em restaurantes muito caros para melhor representar a Câmara, para orgulho dos munícipes que pagam com gosto estas comezainas, sabendo que embora só entrem no estômago de meia dúzia são para o bem de muitos.

 

O Rei do Betão e das Baratas e Duque dos Cisnes é um gestor consciencioso. Sabe que o dinheiro que gasta em refeições não é dele. É do Município e dos contribuintes. Por isso não gasta à toa. Ele explica, apenas um total de “136.763€ de um fundo de maneio 169.230€”. Isto é apenas 80% do total. Um fundo de maneio aprovado pela maioria dos vereadores da Câmara em que Isaltino tem maioria absoluta. Que legal (no sentido brasileiro do termo). Apenas 80%! E o ano ainda não acabou. Contas certas.

 

Note-se que o fundo de maneio foi criado para o Presidente pagar despesas urgentes. E o que haverá mais urgente do que o almoço? O almoço diário de trabalho urgente. Nem mesmo o jantar. Assim está tudo legal (no sentido brasileiro do termo).

 

Isaltino sabe que o dinheiro que gasta em refeições não é dele. É do Município e dos contribuintes. Por isso não gasta à toa. Prefere obviamente os restaurantes prestigiados como o JNcQUOI (um dos mais caros do país) ou os Arcos (onde também se paga bem).

 

O trabalho, no mundo moderno, não é uma atividade solitária. Hoje é um trabalho de equipa. Almoços de trabalho têm de ser almoços de equipa. Por isso estes almoços incluem sempre outros/as vereadores/as e os adjuntos/as. Os sete comilões. Obviamente assim são mais eficazes.

 

Esta conjugação de restaurantes caros e vários convivas (quase sempre os mesmos) fazem subir a fatura de almoços a mais de 130.000€. Nada de mais pelo que tanto se trabalhou.

 

Assim Isaltino Morais em conjunto com Joana Baptista, com Miguel Faria (chefe de gabinete), Francisco Gonçalves (Vice-Presidente da Câmara), Irina Lopes (adjunta de Isaltino), e mais 3 outros, sempre em trabalho e representação da Câmara consumiram mais de 1.300 refeições – mais do que todos os dias úteis de 6 anos completos, incluindo as férias. Tudo isto em menos de 7 anos. Isto é que é trabalhar. O desenvolvimento de Oeiras está garantido.

 

Num Município, como o de Oeiras, em que dezenas de milhares de pessoas frequentam a sopa dos pobres ou recebem apoio alimentar das instituições de solidariedade social, estes gastos sumptuosos são um insulto a todos nós.

 

Isaltino está a mais. Já não faz parte da solução para Oeiras. Faz parte do problema. Está na hora da demissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário