Oeiras está inundada de baratas. Abundam nos restaurantes, pululam nas lojas, emergem nos ginásios, atacam as habitações. Não há local a salvo. Uma horda imensa de baratas que invadiu Oeiras e que traz consigo todas as doenças medievais que julgamos extintas que nos ameaçam de novo como a lepra e o tifo.
Oeiras é, hoje, a capital das baratas e Isaltino o seu Rei e senhor. Incapaz de as combater eficazmente muda de campo e abre caminho a que se alastrem a todas as casas, a todos os espaços comerciais, a todos os escritórios, a todos os hotéis, restaurantes, escolas, infantários do nosso concelho. Nada nem ninguém está a salvo.
Os comerciantes desesperam, os clientes afastam-se horrorizados, os moradores desanimam, as crianças têm medo, os que vem de fora para trabalhar pedem transferência, todos são afetados por esta ofensiva das baratas. Oeiras transformou-se em local inóspito e perigoso.
Habitantes das lixeiras, saindo pelos esgotos, as baratas trazem consigo os vírus e as bactérias que transmitem doenças, que envenenam as nossas despensas, que estragam os nossos bens.
Perante esta invasão Isantino nada faz e assiste impávido e sereno à vitória das suas tropas.
Oeiras ganha fama e proveito de Reino das Baratas. Um Reino em que a cabeça coroada é a de Isaltino.
Mas não só das baratas Isaltino é senhor. Também ganhou meritoriamente o título de Príncipe dos Cisnes. Pelo seu imobilismo perante uma obra de duvidosa legalidade que se ergue em Miraflores. Uma obra que vem impermeabilizar a margem da Ribeira de Algés, cortar a ligação da localidade à mata circundante, aumentar a confusão do trânsito na Rotunda do Joaquim Chaves, aumentar a densidade populacional de um dos bairros mais acolhedores do concelho para níveis incomportáveis e com tudo isto, desvalorizar a propriedade construída.
Acumular todos estes títulos é obra. Parabéns.
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