sexta-feira, 24 de março de 2023

Isaltino Erra


 

Habitação Social em Oeiras

 

Em Oeiras pouco mais de 5% dos habitantes vivem em casas municipais. Apesar da fama, completamente injustificada, de Isaltino como tendo construído muita habitação social, a verdade é que a percentagem de pessoas alojadas é mínima. Quando sabemos que em muitos países europeus, mesmo os mais liberais, a habitação social ultrapassa os 20% da população percebemos a obra absolutamente mínima feita pelo autarca oeirense ao longo da sua longuíssima carreira.

 

Acresce que a escassa habitação social foi feita com desprezo pelos seus futuros moradores. Construção de má qualidade, uso intensivo de materiais perigoso como o amianto, localizações periféricas e isoladas, falta de ligação em transportes com o resto do concelho e, muitas vezes, rendas elevadas e sempre segregação racial. Muitos bairros municipais são autênticos guetos destinados a enclausurar nuns casos a população Negra, noutras a Cigana.

 

A população de Oeiras estagnou e envelheceu. Não se espera um aumento significativo da população nas próximas décadas. Nesse sentido a construção de novos e gigantescos empreendimentos como quer Isaltino não se justifica socialmente.

 

O que precisamos é de gerir ativa e adequadamente o parque habitacional, intervindo para fazer baixar os preços, para recuperar casas e bairros degradados, para promover geograficamente a integração racial, para impedir a sobrelotação de apartamentos, para eliminar a habitação indigna.

 

Também não precisamos de mais construção de escritórios. O trabalho remoto, depois da pandemia, está para ficar reduzindo a necessidade de espaços e a oferta de escritórios é já no nosso concelho superior à procura.

 

O que precisamos é de dar atenção às zonas verdes protegendo-as, aumentando-as e rentabilizando-as, de promover a mobilidade integrada com os outros concelhos e no interior de Oeiras, o que precisamos é de dar atenção à educação dos nossos jovens, melhorando os equipamentos escolares, nomeadamente os científicos e desportivos, concedendo bolsas de estudo aos jovens que delas necessitam para prosseguir a sua formação universitária ou outra.

 

Em Oeiras, o concelho com maior percentagem de pessoas com educação superior, não encontramos qualquer escola pública situada nas 100 melhores do país. O que significa que muitos pais colocam os seus filhos em escolas fora do concelho.

 

Isaltino prometeu fazer da educação uma prioridade. A verdade contudo está à vista. A Escola Secundária de Miraflores está atrás da Escola Secundária da Trofa, da Secundária da Anadia, da de Paredes, etc., e até da de Miranda do Corvo. A melhor escola do Concelho, a Secundária Quinta do Marquês em Oeiras, fica um pouco melhor mas atrás das escolas de Lousada, Trofa, Covilhã, etc. Um completo falhanço. O desaproveitamento do potencial dos jovens é enorme.

 

A Camara Isaltino, com as suas erradas opções, está desaproveitar as oportunidades e a levar o concelho para o declínio.

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