segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Repor as Freguesias - Gigantismo não faz sentido


 

Repor as Freguesias  -

Gigantismo não faz sentido

 

 

A freguesia Algés, Linda-a-Velha Cruz Quebrada Dafundo tem mais habitantes do que Vila Real ou Bragança, que são capitais de distrito. Não faz sentido. É preciso mudar.

 

O poder em Oeiras é anormalmente distante dos munícipes organizando-se em Freguesias gigantescas e inoperacionais, centralizado na câmara que recusa delegar poderes e orçamento nas freguesias, híper concentrado na pessoa de Isaltino de Morais, um verdadeira tiranete do estilo “quero, posso e mando”. Basta passar os olhos pelas revistas da Câmara para se perceber que um concelho tão importante como o nosso é gerido como um “one man show”.

 

Passos Coelho impôs, na sua ânsia de ir mais longe que a Troika, a concentração das freguesias de Oeiras. O resultado foi desastroso. Um conjunto de freguesias geograficamente incoerentes, administrativamente inoperacionais e gigantescas em termos populacionais.

 

A Freguesia Algés-Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e Dafundo, tem segundo o último censo (2021) mais habitantes do que a grande maioria dos concelhos portugueses. Com os seus mais de 47.936 habitantes tem mais residentes do que concelhos importantes como a Maia, Póvoa do Varzim, Santo Tirso, Valongo, Vila do Conde, Paços de Ferreira, Lamego, Penafiel, Barreiro, etc., etc. e cidades de média dimensão como Chaves, Vila Real ou Bragança (dados Pordata, ver aqui). E todos estes concelhos e cidades mais pequenos que a nossa gigantesca freguesia estão, naturalmente, e bem, divididos em freguesias.

 

Tal gigantismo não faz sentido em termos administrativos. Tolhe o desenvolvimento, atrasa a tomada de decisão, promove a inercia, a falta de ação. É, pois, importante desagregar estas mega-freguesias e repor as antigas freguesias, separando em três freguesias distintas: a de Algés, a de Linda-a-Velha e a da Cruz-Quebrada e Dafundo.

 

O Governo abriu as portas a essa reforma administrativa. Outros municípios estão a aproveitar a oportunidade. Isaltino Morais, contudo, continua agarrado à divisão de freguesias imposta por Passos Coelho aliado à Troika. Várias forças políticas avançaram já com propostas concretas, mas o grupo de Isaltino de Morais tem as bloqueado. Com esta indecisão, Oeiras arrisca-se a perder esta oportunidade.

 

Isaltino de Morais, autarca do passado, eleito pela primeira vez no tempo em que ainda não havia telemóveis, é, hoje, um sério entrave ao desenvolvimento do nosso concelho. É preciso que saia.

 

Nota: Retoma-se hoje este blogue dedicado ao nosso concelho de Oeiras. Esperamos manter uma regularidade quinzenal.

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